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OBJETIVOS

  • Colocar-se a serviço da construção de um tecido social facilitador e promotor de escuta mútua, do cuidado de si e do outro; 
  • Exercitar a psicanálise como prática social de possíveis transformações micropolíticas; 
  • Trabalhar pela formação de terapeutas implicados com as causas sociais de interesse público, em especial, aquelas concernentes à defesa dos Direitos Humanos, tendo em vista também, os desdobramentos multiplicadores desta formação;
  • Minorar seus efeitos nocivos através do tratamento psicanalítico de pessoas carentes afetadas pela violência;
  • Contribuir para a redução dos índices de violência na cidade do Rio de Janeiro; 
  • Tecer uma rede social a partir dos atuais parceiros do IEC e 
  • Realizar prospecção de novas parcerias

FILOSOFIA DA GESTÃO

O projeto se esforça por praticar, em sua autogestão, o sentido de comunidade, evitando as hierarquias e as cristalizações das funções administrativas, fortalecendo os espaços coletivos de discussão e decisão.

Destinado à prestação de serviços e à formação dos clínicos, pretende colocar-se como um laboratório, visando demonstrar que outras formas de organização podem ser sustentáveis a partir de diferentes maneiras de tecer o laço social.

Todo o trabalho da clínica é voluntário. Das mais simples às mais complexas, todas as tarefas de manutenção do espaço físico são exercidas pelos terapeutas que se revezam nestas atividades. A gestão econômica da Clínica é regida por um forte sentido anti-utilitário. Os recursos arrecadados são revertidos para o pagamento de custos necessários à manutenção do espaço. 

As dificuldades encontradas no percurso desses 12 anos nos indicaram os caminhos de constituição de um ethos grupal que resulta, de forma espontânea e recursiva, no reconhecimento e crescimento pessoal daqueles que mais investem no coletivo. Individualmente, na convivência grupal, todos parecem compreender que o crescimento pessoal está intrinsecamente ligado à dedicação voluntária de uma parte de si, ao serviço de todos. O lucro do enriquecimento humano, para cada um de nós e para nossos pacientes, é inestimável. 

Em muitas ocasiões, os impasses ligados à questão do desenvolvimento do projeto, colocam-no em situação de risco. Não apenas de sua subsistência, mas especialmente daquilo que alimenta seu espírito e que, como tudo que vive, pode se corromper. Em 12 anos de trabalho, os desafios se amplificaram, o número de terapeutas engajados quintuplicou e aumentou em muito a qualidade de suas formações profissionais (são 30 psicoterapeuta que atendem em média 150 pacientes na atualidade). Ainda assim, é um projeto pequeno.

Como alternativa à visão produtivista/quantitativista, diríamos com Edgar Morin: “antes melhor do que mais e por vezes mesmo menos, porém melhor.” Por este motivo, até o momento, nossa clínica se esforçou por privilegiar o melhor atendimento a um número menor de pessoas, opondo-se à lógica da produtividade que promove uma ideologia da quantidade em detrimento da qualidade. Porém, concordamos claramente, ainda com Morin, quando ele afirma: “quando se trata dos despossuídos, o mais deve caminhar junto com o melhor .”

Este tem sido nosso desafio atual: a busca de recursos financeiros para aumentar a oferta dos serviços. Ampliar sem perder a consistência operacional ou deixar deteriorar a filosofia que rege a gestão da Clínica do IEC. Em uma só frase, como fazer caminhar juntos, o mais e o melhor.

SUSTENTABILIDADE

A Clínica Social do IEC não recebe nenhum financiamento de órgão público ou privado. Sua sustentabilidade se dá através de uma contribuição mensal por parte de seus membros e do pagamento efetuado por aqueles pacientes que podem arcar com algum investimento no seu tratamento.

Por se tratar de uma instituição sem fins lucrativos, o IEC não tem receita mensal ou anual, e toda a arrecadação é dirigida para pagamento dos custos de manutenção com locação de imóvel, luz, telefone, internet e material de consumo.